Todas nós estamos em buscas de respostas, e tudo que sabemos pensar é “por que isso aconteceu?” “por que comigo?” e ate até mesmo o famoso “por que acabou?”, acho que o simples fato de aceitar sem questionar nunca foi bem aceito por mim, eu queria entender o motivo das coisas, o por que isso me afetava em altos níveis. A urgência em saber o "porquê" não estava apenas em situações em minha volta, mas também dentro de mim. Eu me questiono sobre minhas escolhas, meu futuro, o que desejo e o que foi me ensinado ao longo da minha pequena vida “por que é assim? precisa mesmo ser dessa forma” “por que os outros tem e eu não?”.
Não iria conseguir concluir sem antes falar dos temidos “porquês”
dos relacionamentos, até porque são onde as perguntas sem respostas se intensificam, sempre que tenho um novo caso fico curiosa em saber do “porque logo eu?” ,“o que você reparou em mim” “por que decidiu responder meu story?” e óbvio que nem sempre é a resposta que queríamos ouvir — “ah pq te achei bonita”
TA mas, é só isso afinal? nada profundo? e quando acaba vem tanta culpa e dor e eu preciso questionar, conversar, talvez isso tenha a ver com a busca constante por clareza, por transparência, por algo real e verdadeiro.
Mas também há um aspecto pessoal nisso tudo. Eu preciso entender o "porquê" de minhas próprias reações, das minhas expectativas e das minhas inseguranças dentro do relacionamento e até mesmo no meu pessoal. Muitas vezes, me pego me questionando: “Por que estou agindo assim?” “Por que estou esperando algo que talvez o outro não consiga me dar?”.
A verdade é que a urgência de saber pode ser desgastante e cansativa, o fato é que nem sempre saber te tira as dores e dúvidas, é literalmente aquele ditado “tem coisas que é melhor nem saber” ,
existe uma paz que surge quando deixamos de lado a curiosidade incessante sobre certos aspectos da vida, sobre os outros e até sobre nós mesmos. Saber demais pode, em alguns momentos, ser um fardo, muitas vezes, o que nos faz mais felizes não é ter todas as respostas, mas saber viver com as perguntas, dúvidas e aceitar está por vir.
Ray, eu também sempre quero saber o motivo das coisas! Acho que realmente é algo mais feminino, principalmente quando entendemos que fomos criadas não pra questionar o mundo, mas nos questionar sempre. Nosso valor, o que fizemos de errado, quem somos, o que pensam de nós e como podemos ser mais aceitas, mais legais, ou simplesmente melhores. Acho que, como você disse, o tempo ensina que dar muita voz a esses questionamentos é de certa forma perder parte da nossa essência. Questionar a vida é uma qualidade, mas viver em eterno questionamento é tortura. Amei seu texto!